Mamãe Brincalhona

Olá seguidoras do Nossa Visão de Mãe! Eu sou a Thaís, mãe de uma dupla incrível: Angela com 8 anos e Heitor com 3 anos e não me vejo em outro caminho que não seja a maternidade. Ser multi mãe está no sangue, a maternidade me proporcionou renascimento, me descobri uma nova mulher e graças a chegada dos meus filhos pude encontrar um novo caminho de trabalho e vida.

Na melhor do que começar a minha apresentação no blog contando como me tornei mãe. Minhas gestações foram tranquilas e muito desejadas. Fui mãe nova, aos 23 anos e acreditava que daria conta de tudo sozinha e não dei. Os primeiros meses foram de total adaptação com aquele serzinho que precisava de mim para tudo, passando o período de folia da família, me vi sozinha e muitas vezes perdida e tudo que aprendi foi com outras mães novas, com redes de apoio online e em blogs como este, onde a maternidade era publicada em textos informativos. Essa gestação foi um grande aprendizado, aprendi a aceitar ajuda, aprendi a me respeitar, a admitir que não era super-mulher e que um dia, toda essa fortaleza também precisa de acolhimento. 

Não tive o parto dos meus sonhos, não me preparei para esse momento e com uma cesária agendada com 38 semanas, minha filha nasceu, a recuperação dos pontos foram bem dolorosas, ainda mais em pleno verão de janeiro. O que faltou em humanização no parto, sobrou na amamentação, pega correta, mamando bem, engordando no tempo certo, como mamava bem essa menina.

Eu nunca mais consegui voltar para um trabalho regular como a sociedade preconiza, e isso foi uma grande culpa por anos.Voltei a trabalhar por projetos e por curtos períodos, a separação foi bem dolorosa, desconfiava de tudo na escola e não me via mais como mulher. É incrível como a nova mãe se anula, como toda a atenção, conforto, dedicação é dado aquele bebê e aquela mulher que existia acaba se perdendo entre todas as novas rotinas e obrigações que o bebê exige. Mais um aprendizado, não me reconhecia fisicamente e mentalmente no espelho, não via nenhuma realização pessoal até voltar a escrever. Sou formada em Jornalismo e workhalolic assumida, nada me incomodava mais do que a limitação que eu mesma me coloquei. Era hora de ousar, produzir e oferecer o que eu tinha de melhor a outras mulheres que passavam e ainda passam por esse momento delicado da maternidade.

Cinco anos se passaram, e a pedido da mais velha que estava animada com a possibilidade de ter um irmão, a gestação do Heitor chegou pós seis meses de tentativas. O meu plano nessa era aproveitar e me informar tudo que a outra não tive: fiz Yoga pré-natal, acompanhamento com doula, exercícios em casa, videos com partos humanizados. Engordei super pouco, ativa com a mais velha e muito mais tranquila e preparada as 40 semanas eu decido fazer outra cesária e nasce lindo e enorme meu grande príncipe.

O que mais aprendi na maternidade é o não julgar, afinal toda mulher antes de ter filho é uma e depois da chegada do bebê se transforma, o não julgamento é um exercício diário desafiador, tudo que uma mãe precisa é acolhimento e identificação, ela precisa se sentir incluída e não julgada. Portanto, finalizo meu depoimento deixando a reflexão do exercício do olhar. Maternas unidas tem um poder indescritível!

Thaís Santos

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