24/07/2016

Minhas idas e vindas ao Pronto Socorro

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Eu tenho um problema de saúde que precisa ser investigado com mais afinco, enquanto isso com uma certa rotina, dou umas passadas pelos Pronto Socorros da vida e já estou pegando birra de alguns auxiliares de enfermagem. Creio que mais por eu já estar ficando ranheta do que por eles serem implicantes mesmo.
E sexta-feira, que seria meu dia de escrever aqui no blog, foi meu segundo dia de crise. Como estou acompanhando as crianças nas férias escolares de meio de ano, fomos a um PS que não conhecemos, num hospital de renome e frequentemente frequentado por pessoas da high society paulistana, a propósito, não sei como alguns médicos aguentam certos pacientes cheios de frescura, enquanto eu esperava para ser medicada, uma paciente tava dando escândalo porque o remédio seria injetável e não via oral. kkkk 
Bom, voltando a minha saga, dei entrada no PS com quadro de desnutrição e desidratação, então rapidamente fui atendida e encaminhada para exames de sangue e medicação injetável. Como já conheço a rotina, falei ao auxiliar que "Por favor, assim que você pegar o acesso, colete o material para exame e depois entre com o medicamento, assim já evitamos mais e um pique no meu braço, estou desnutrida e desidratada, minhas veias estão finas e elas não são fáceis de pegar". O rapaz olhou por cima e me mandou sentar para começar o trabalho, nesse momento pensei que ele teria compreendido o que eu pedi e sentei, até que fui apalpando a minha mão e vendo a melhor veia para ele. Apontei uma que fica perto do quinto dedo da mão direita, ainda expliquei porque estava ajudando. Foi quando ele pegou meu braço esquerdo, apalpou uma veia do meio do braço e falou que eu sentiria uma picadinha. kkkk Sem piscar, fiquei olhando para a cara dele e consumi cada vez que ele franzia o senho quando tentava pegar a veia e não conseguia. E falava "Está doendo, está doendo, está doendo." Cada vez que cutucava, falava isso pausadamente e com voz já grave, daquelas que a gente fala com filho teimoso. E o que ele fez? O que ele falou? kkkkk "Posso tentar a veia da mão?" Ahahahahahahahah. Sim, eu dei uma risadinha e falei que poderia sim, na veia que eu indiquei e pedi uma agulha de calibre menor que 24 porque pela dor, com certeza aquela era pelo menos uma 24..E o que ele fez? Ignorouuuuuu completamente a indicação e pegou outra, que não acertou novamente. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Nessa altura eu já estava com O MEU senho franzido e já não achava mais tanta graça na ironia e na falta de respeito do moço. Segue o diálogo:
Eu "Olha moço, você ignorou tudo o que eu disse até agora, se não pegar essa que está tentando, vou te pedir que tente uma das que eu falei, se não teremos um problema."
Ele "Oh Fulano, venha aqui pegar a veia dessa paciente que está desidratada por favor, estou com pressa e tenho outros pacientes."
Eu " Isso, venha fulano, porque além de surdo ele é cego e não é bom de tato, porque não sabe sequer verificar o calibre de uma veia. Mas se você estiver nas mesmas condições que ele, nem venha, chame a enfermeira chefe, porque pelo menos ela vai pegar a veia que não tem erro, dessas que vocês aprendem no hospital exatamente onde ficam e que até os médicos conseguem acessar e por favor, traga uma agulha de calibre menor que 24". 
Fulano "Calma senhora, vou acessar e vamos te medicar".
Eu "Fulano eu estou calma e acredite, não estou nem com forças para ficar nervosa, pode coletar meu material na veia que vou te indicar e acessar o meu medicamento porque eu realmente estou mal?"
Pois Fulano acertou a veia que eu indiquei e eu com cara de vencedora e com olhar cheio de orgulho falei em voz audível ao primeiro enfermeiro que me atendeu "Poxa vida! Comunicação é tudo de bom, obrigada meu querido por me ouvir e ter piedade de mim!".
Coletaram meu material para exames, fui medicada e ao sair, fui até o rapaz e disse " Sei que você deve passar por turnos muito complicados, mas não se esqueça que nem todos que vem aqui vão dar show porque querem remédio via oral. Eu só queria um calibre ideal para minha veia e queria que você ouvisse o que te pedi, que não foi nada demais. Eu não vou reclamar de você a sua chefe de plantão, mas vou para casa orando pra que Deus te dê sabedoria para aguentar até as 7h da manhã."

Sim, essas coisas acontecem e eu nem posso negar que fiquei muito chateada com o tratamento que tive, eu corro o risco de ser celíaca, ter gastrite, ulcera ou qualquer outra coisa em meu estômago, estava ali buscando uma maneira de facilitar o processo, para ser medicada com maior eficácia, porque já conheço meu histórico. Certa vez, me furaram tanto que eu parecia uma peneira e fico com os braços marcados pelos garrotes, pelas agulhas, tudo isso para o paciente também é sofrimento, desde então comecei a prestar atenção em tudo e já sei como seguir para que eu não saia tão furada dos atendimentos.
E o que faltou ali na comunicação? Justamente isso, que ele ouvisse o que eu estava informando e pedindo. Lógico que na hora rola uma birra, porque somos seres humanos e todos fazemos coisas erradas. Mas por favor, se você é auxiliar de enfermagem e está lendo meu texto, compreenda que as vezes os pacientes sabem o que estão falando.

Um beijos a todos.

3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Kezia da proxima vez, processa ou entao um bom chá resolve

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  2. querida kezia, equipe nova ou com idade? saude publica ou privada? acho que isso nao importa, o importante é eles tratarem tudo como deve ser e resolver a questao do paciente

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  3. Gritava, chorava, cai da cama, virava o olho, chamava a atenção de todas as formas! As pessoas vivem a brincar com a saude alheia

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