Mulheres, Mães ou Não.. Uni-vos!!

Dia desses, em reunião de pais e mestres na escola de minha filha mais velha, a professora propôs uma dinâmica.

Ela ia ditando certas características, como cabeça grande e redonda, braços longos e mãos pequenas, um olho centralizado, orelhas pontudas, etc

e as mães tinham que desenhar da forma que pudessem/soubessem.

Pois bem, o resultado, claro, foi que mesmo seguindo as mesmas características passadas, cada mãe fez um monstrinho diferente do outro. Cores, tamanhos, detalhes, tudo diferente.

Aí, você querida leitora, me pergunta: - E daí?

E daí, que eu lhe digo que nós mães, e nossos filhinhos, somos exatamente esses monstrinhos.

Mesmo seguindo a cartilha da boa mãe, aquela que todas nós temos que aprender e decorar assim que engravidamos, mesmo seguindo fielmente o que pediatras, psicólogos e a corte marcial (vulgo avós) dizem, ainda assim seremos sempre seres diferentes. E não adianta ir contra a correnteza.

Se eu ganhasse um real a cada "eu acho" ou "você não devia ou devia fazer isso" que ouvi desde que me descobri gestante, teria condições de bancar Harvard pros meus dois filhos.

Todo mundo é meio pediatra. Todo mundo a-do-ra dar palpites e sugestões na criação do filho dos outros.

Agora, cuidar por meia hora pra pobre mãe tomar um banho mais demorado, isso ninguém quer, né???

Foi então, que fazendo uma auto análise, me lembrei de uma situação...

Estava eu andando pelas pacatas ruas de Santos, quando vi uma mulher com uma criança.

Deduzo eu que fossem mãe e filho.

Enquanto a criança sentada no chão da calçada analisava calmamente todas as sujeiras que encontrava, a mãe olhava fixamente no celular.

Claro que no primeiro momento achei aquilo um absurdo e me peguei crucificando a mulher. Como podia ela ser tão irresponsável?

Ficar olhando o celular enquanto a criança coloca a mão no chão da rua???

Mas então, depois de uma reflexão rápida, pensando no meu dia-a-dia, no quanto é complicado para mim responder um e-mail, criar uma crônica pro blog, estudar ou resolver qualquer problema on line...cheguei a conclusão de que aquela irresponsável poderia ser eu.

E assim, abri a mão e soltei as pedras. Claro que não é fácil, é uma reflexão de toda hora, um exercício diário.. Mulheres se atacam demais, não sei quando isso começou, mas precisa acabar. Repito, sei que não é fácil, Mas tem que ser feito. Até para sermos pessoas melhores para nossos filhos. E deixar um mundo (nem que seja seu mundo pessoal) melhor para eles.

Então a minha sugestão  (hahahha, também tenho várias!!!) para você, mãe desesperada, é Inspira, Respira, Não Pira e tente não julgar nenhuma outra mãe que você encontre pelo caminho. Ela pode estar passando pelos mesmos sufocos que você.

Sorria e acene!! Guarde energias para sua maternidade, e para aquele banho relaxante.

Pode parecer que não, mas uma hora ele volta!!!

Sou a Mariana, 31 anos, mãe de um casal.

Nicole de 6 anos e Miguel de 1 aninho.

Insta: @fernandes_silva_mariana